Pressionado pela derrota para o Real Madrid na estreia na chave mais difícil da Liga dos Campeões, o Manchester City se safou por pouco de igual tropeço nesta quarta-feira, no complemento da segunda rodada do Grupo D. Aos 45 minutos do segundo tempo, garantiu o empate com o Borussia Dortmund por 1 a 1, no estádio City of Manchester, e somou seu primeiro ponto graças a um gol de pênalti convertido por Balotelli, predestinado a sair do banco de reservas aos 35 da etapa final para salvar os ingleses.
A decepção pela eliminação na Champions da temporada passada, quando também caiu no grupo mais difícil e foi eliminado por Bayern de Munique e Napoli, ainda pode se repetir e assombra os planos ambiciosos do bilionário sheik Mansour. O City ficou em terceiro lugar, com um ponto, três atrás do Borussia e a cinco do líder isolado Real, vitorioso por 4 a 1 na rodada diante do Ajax, lanterna com zero.
É bem verdade que, se houvesse alguma justiça, o Borussia não sairia de campo com nada menos do que uma vitória confortável. Mas do lado de lá estava Joe Hart. Titular da seleção inglesa, teve ótima atuação. Só não conseguiu salvar uma finalização de Marco Reus, aos 16 minutos do segundo tempo, dentre as 12 que foram em sua meta. Ao todo, o Borussia chutou 20 vezes, incluindo um incrível gol perdido pelo polonês Lewandowski quando o placar apontava ainda vitória por 1 a 0. O City finalizou em 12 oportunidades - 10 contra o goleiro Weidenfeller.
Ainda assim, o empate foi muito melhor para os bicampeões da Alemanha. Jogando fora de casa, conseguiram boa vantagem na classificação para receber o líder do "Grupo da Morte" e favorito Real Madrid na próxima rodada.
Dia 24 de outubro, o Borussia enfrentará os espanhóis, no Westfalenstadion. O City vai em busca da primeira vitória contra o Ajax, na Holanda.
Show de goleiros
Apesar dos "desfalques" de Balotelli e Tevez, que conversavam tranquilamente no banco de reservas, sobraram estrelas durante o primeiro tempo no City of Manchester. Os ingleses, por exemplo, contavam ainda com o espanhol David Silva, o argentino Sergio Agüero e o marfinense Yaya Touré. Os alemães não estavam lá tão longe em matéria de grife, com os alemães Hummels, Götze e Reus e os poloneses Kuba e Lewandowski. Mas nenhum desses nomes brilhou tanto quanto os goleiros. Roman Weidenfeller e, principalmente, Joe Hart foram os responsáveis por evitar que o placar fosse aberto ao longo dos 45 minutos iniciais. E definitivamente não foi por falta de tentativa.
O show de quem vestia luvas começou aos oito minutos, quando Nasri deixou Agüero em boas condições. O argentino tentou tocar por cima do alemão, que impediu com excelente intervenção. O Dortmund respondeu aos 12, em rápido contra-ataque: Reus serviu Götze na esquerda. O chute obrigou Hart a praticar grande defesa e contar ainda com a ajuda da trave antes de a bola sair.
Dono de maior posse de bola, o City aparentemente tinha o controle do jogo. E criava suas oportunidades. Aos 27, David Silva descolou lindo passe para Agüero, que não pegou bem e desperdiçou frente a frente ao goleiro. Ambos duelariam novamente aos 34, novamente com defesa de Weidenfeller.
Um confronto particular também se desenhou do outro lado. Aos 38 e 39, a revelação Mario Götze parou em Joe Hart - na segunda oportunidade, inclusive, a bola voltou a bater na trave. O meia Gündogan também viu o arqueiro brilhar aos 46, pouco depois de David Silva jogar para fora uma excelente chance na pequena área. Em suma, um primeiro tempo daqueles em que o placar zerado foi um mero detalhe.
Hart evita o pior para o City
O gol, enfim, saiu no segundo tempo. Não aos oito, quando Hart, pela enésima vez, impediu Mario Götze de comemorar. O chute do camisa 10 saiu colocado, quase no ângulo. E lá foi o goleiro inglês buscar. Quando o adversário foi outro, Hart acabou sendo superado. Aos 16, Jack Rodwell vacilou na intermediária e deu a bola de presente para Reus avançar e abrir o marcador.
Àquela altura já era notória a superioridade dos alemães. Afeitos ao contra-ataque, os comandandos de Jurgen Klopp aguardavam por um espaço necessário para surpreender no contragolpe. Tiveram duas oportunidades quase seguidas, aos 19 e 21, quando Hart fez milagres em chutes de Reus e Gündogan.
Foi de Lewandowski, no entanto, a grande chance perdida pelos visitantes. Gündogan conseguiu ótimo passe da direita e deixou o polonês sozinho, frente a frente com Hart, que dessa vez não precisou trabalhar. A finalização foi para fora de forma incrível.
Ironicamente, o Borussia acabou punido pelos gols perdidos. Já na pressão no fim de jogo e com Balotelli em campo, o City conseguiu encontrar um pênalti graças ao toque de mão do zagueiro Subotic. Aos 45, o italiano suportou a provocação do goleiro rival e se encarregou de recolocar o Manchester nos trilhos. Sorte do técnico Roberto Mancini que os alemães ainda viram Hart defender chute perigosíssimo de Lewandowski nos acréscimos.
Fonte: Globo Esporte
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