Campeonato Brasileiro, ambos podem perder posições para o próprio Timbu e o Santos. Tanto o time carioca, quanto o baiano estão com 35 pontos - um a menos que a Lusa -, mas o Rubro-Negro leva vantagem no número de vitórias (nove contra oito) e está em 11º lugar, uma posição à frente do Tricolor baiano.
O pontinho que conquistaram fez a distância de ambos para a zona de rebaixamento subir para oito pontos, porém ela pode ficar mais estreita e cair para seis se o Palmeiras derrotar o São Paulo no sábado.
A torcida do Flamengo compareceu em bom número - 25.777 pagaram ingresso (30.209 presentes) e proporcionaram uma renda de R$ 380.075 - incentivou o time do início ao fim, mas alguns torcedores extrapolaram e novamente usaram laser para tentar atrapalhar os jogadores do Bahia, especialmente o goleiro Marcelo Lomba. Pelo menos um deles foi detido pela Polícia Militar.
- A equipe teve bola na trave. Jogamos bem, buscamos o gol, mas ele não saiu - avaliou o goleiro Felipe, do Flamengo.
No lado do Bahia, o técnico Jorginho também lamentou o 0 a 0.
- A melhor chance de gol foi do Bahia. Por isso, deixamos de ganhar dois pontos - disse o treinador, referindo-se a chute de Gabriel defendido por Felipe.
Na próxima rodada o Rubro-Negro enfrentará o Corinthians, quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Pacaembu, enquanto o Tricolor baiano receberá o Fluminense, às 19h30m do mesmo dia, no Pituaçu.
O jogo foi disputado em ritmo intenso do início ao fim. Com menos de um minuto Wellington Silva deu dois dribles sensacionais em Diones, foi derrubado pelo adversário e levantou a torcida rubro-negra. Empurrado pelos gritos de seus torcedores, o Fla tentou envolver o Bahia, mas foi o Tricolor baiano que criou a primeira grande chance de gol, em chute de Diones, aos três minutos. A resposta veio dois minutos depois em falta cobrada por Renato Abreu, que Marcelo Lomba defendeu e se machucou, mas logo se recuperou.
Com boa opção pela direita, por onde Wellington Silva jogava com certa liberdade, o Flamengo tentava penetrar na fechada defesa baiana. Porém, toda vez que o Tricolor de Salvador se aventurava no ataque criava problemas para o setor defensivo rubro-negro.
Como aos 18, quando Ibson, que já prejudicara a evolução do time na passagem da defesa para o ataque algumas vezes, afrouxou na marcação a Gabriel, e o camisa 8 do Bahia bateu forte de dentro da área, obrigando Felipe a fazer boa defesa a escanteio.
Um minuto depois, o técnico Jorginho perdeu Elias, machucado, e o substituiu por Cláudio Pitbull. Mas o panorama do jogo não mudou, o time carioca tinha mais posse de bola, porém o baiano era mais perigoso. Aos 24, foi a vez de Titi perder a sua oportunidade, cabeceando para fora. A equipe comandada por Jorginho alternava a marcação atrás da linha de meio de campo com combate direto na saída de bola do adversário e forçava o erro do rival. E criava mais chances: aos 28, Pitbull chutou de fora da área e Felipe salvou com a ponta dos dedos.
Era nos pés de Léo Moura que o Fla conseguia criar suas melhores jogadas. No entanto, com Renato sem ritmo de jogo, e Ibson e Cleber Santana mal, Liedson e Hernane pouco podiam produzir. Além disso, Magal pela esquerda quase não acertava no ataque. As melhores opções dos visitantes eram pelo lado esquerdo com Jussandro, as roubadas de bola na saída de bola adversária e os contra-ataques puxados por Gabriel, Hélder ou Zé Roberto. Foi apenas no último lance da etapa inicial que o time da casa criou sua melhor chance: aos 47, Ibson pegou a sobra da defesa adversária perto da risca da grande área, chutou forte, a bola desviou na zaga, mas Lomba fez difícilima defesa, salvando o Bahia de levar o gol.
Fla melhora no segundo tempo, mas não consegue a vitória
Dorival Júnior mandou o Fla de volta para a etapa final com Adryan no lugar de Hernane, que foi muito mal na primeira etapa. O time rubro-negro subiu de produção e pôs uma bola no travessão em forte chute de Cleber Santana após boa trama do ataque, aos 6. A equipe baiana retornou mais cautelosa, tentando segurar o ímpeto adversário e partindo para frente praticamente só nos contra-ataques. Mas a pressão da torcida local e do seu time encurralavam o Bahia, que ainda tentava manter a estratégia da primeira etapa, mas sem grande sucesso. Percebendo isso, Jorginho tirou Zé Roberto e pôs Kleberson, um ex-atleta do Flamengo por outro.
A bola pouco parava no Engenhão, e o time rubro-negro em cima, pressionando em busca do gol. No entanto, logo após Adryan fazer um gol bem invalidado e cabecear para fora uma ótima oportunidade, o Bahia provou que não estava morto: em contra-ataque aos 19, Gabriel recebeu livre na área de Kleberson e tentou tirar de Felipe, mas o goleiro do Fla fez grande defesa e comemorou como se fosse um gol. O lance assustou a equipe da casa, que errou três saídas de bola em seguida. Apesar do desempenho ruim de Ibson, Dorival preferiu tirar Cleber Santana e promover a estreia de Wellington Bruno, que demonstrou personalidade e fez boas jogadas.
A toada da partida era a mesma: o Fla em cima, buscando o gol a todo custo, e o Bahia preparando o bote. Mas com o passar do tempo, as chances claras foram rareando e os chutes de longa distância e as cobranças de falta passaram a ser a melhor opção principalmente para a equipe rubro-negra. No finzinho, o time carioca voltou à pressão, mas sem resultado prático. E apesar de tudo o que aconteceu na partida, com o Bahia melhor no primeiro tempo, e o Flamengo mais perigoso no segundo, o placar não foi modificado.
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