terça-feira, 24 de julho de 2012

Proposta do Qatar agrada, mas Tirone quer manter Valdivia

O presidente Arnaldo Tirone ainda resiste, mas boa parte da diretoria do Palmeiras espera que o meia Valdivia seja negociado com um clube do Qatar, que ofereceu cerca de € 5 milhões (R$ 12,3 milhões) para contar com o jogador ainda neste mês. Tal clube ainda não enviou uma proposta concreta, mas promete a investida nos próximos dias. Esta é a oferta que balançou o Mago e o clube. Mesmo assim, o presidente não pensa em abrir mão daquele que chama de “principal nome” para a disputa da Taça Libertadores em 2013. Os valores oferecidos pelo clube do Qatar já chegaram ao conhecimento dos dirigentes que formam a cúpula do poder no Palmeiras. A pressão é grande para que Valdivia seja negociado e o clube consiga reaver parte do valor investido há dois anos, ainda com Luiz Gonzaga Belluzzo na presidência: € 6,25 milhões (R$ 14,5 milhões), por meio de uma carta de crédito do Banco Banif. Novas reuniões durante a semana vão selar o destino do jogador. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Arnaldo Tirone disse que há uma combinação com o pai de Valdivia, Luis, para que qualquer proposta chegue ao conhecimento do jogador. É por isso que, ao saber da oferta do Qatar, o Mago ficou de pensar e disse, em entrevista após a vitória sobre o Náutico, que não tinha certeza de seu futuro e que “contrato existe para ser quebrado”. – As declarações do Valdivia são normais, claro que contratos podem ser quebrados. Mas eu quero que ele fique, vamos ver como resolver isso. Se ele não quiser ficar, aí conversamos, mas já tínhamos acertado que ele ficaria até o fim da Libertadores – lembrou o presidente do Palmeiras. Mais de uma vez, Valdivia já afirmou que gostaria de ficar perto da família, que deixou o Brasil após o sequestro-relâmpago sofrido pelo jogador e sua mulher no início de junho. Desde então, foi campeão da Copa do Brasil, fez juras de amor ao Palmeiras, disse que tinha uma dívida de gratidão, mas voltou atrás. A família será decisiva para seu futuro. Desde o incidente, o Palmeiras tem recebido sondagens de clubes latino-americanos e do Oriente Médio. O Cruz Azul e o América, ambos do México, foram os que chegaram mais perto de apresentar uma proposta concreta. O Colo Colo, do Chile, queria o Mago por empréstimo. Mas o clube do Qatar foi o que balançou jogador e diretoria. Os dirigentes próximos a Tirone veem a venda como uma necessidade. Afinal, além da carta de crédito, o clube precisa pagar ao Banif os encargos administrativos da transação e dos juros acumulados nos últimos dois anos. O Palmeiras chegou a um acordo com a instituição financeira e dividiu o montante em 48 pagamentos de cerca de R$ 750 mil. No total, o clube vai gastar mais de R$ 36 milhões só por essa operação.
Fonte: Globo Esporte

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